Miolos no chão
Miolos no chão
E sangue espalhado no colchão
No colchão um corpo esquartejado
Intestinos no guarda-roupa
Com os rins lave bem a louça
Miolos no chão
Na panela o refogado é de coração
Partes humanas, coisas tão mundanas
É a carne macia e delicada
Violentamente esquartejada
Pele com o martelo é pele macerada
Banquete divino
Olhos em conserva
Cortes que tu observa
Miolos no chão
Nas jarras e nos copos... líquido vermelho
Rubro, vermelho, carmim... venha para mim
Sangue, sangue, sangue
Escorre de todas as partes
E miolos no chão
Não é a insanidade, mas a fome
Não é a loucura, mas o desejo
Matando deuses e devorando-os
Miolos no chão
E sangue espalhado no colchão
No colchão um corpo esquartejado
Esquartejado estava o corpo
Um corpo que mais parecia um porco
Que como um porco foi devorado
Devorado foi pela digestão absorvido
Absorvido passou a compor
Compor esta fraca estrutura molecular
Quando será nosso próximo jantar?
Avise-me quando você desejar?
E tudo novamente irei preparar
E um som para acompanhar...
Banda: Dissection
Música: Where Dead Angels Lie
sábado, 3 de outubro de 2009
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Uau... Esse é um dos seus melhores por enquanto hein. Muito bom. Eu não costumo comentar, mas tive que fazê-lo agora.
ResponderExcluirAbraços horripilantes!
O som deu uma vida ao blog e as poesias. Gostei mesmo! Ah, também achei que ficou mais legal o novo cabeçalho do blog!
ResponderExcluirUm abraço! Antes que eu me esqueça tem atualização lá no museu!
Até!
Uia...
ResponderExcluirLegal demais!
Arrepiei!
Muito bom voce é com as palavras.
Para mim o Blog é 10!
Beijo
Amizade
T I N I N
Essa música tem tudo em comum com a visceralidade e brutalidade do texto, que de tão necrofágico, trágico, agressivo e íntimo joga o leitor em uma espécie de situação bizarra onde a carnificina é regra, não uma exceção.
ResponderExcluirFaltou citar o nome da banda e da música para fechar com chave de ouro.
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