quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tempo destruidor

A eternidade é o instante
Que nunca passa e nunca avança
Fica sempre sendo, apenas um segundo
Um pequeno milésimo de segundo
Onde gira este mundo

Meu coração sangra transpassado
Com a seta do tempo que tem me ultrapassado
Meus pulmões tentam respirar, mas todo ar é passado
Não há como andar para trás
O que foi já acabou, morto e enterrado jaz

Meus olhos querem ver o que há adiante
Não há nada além do instante
No futuro há a névoa obscura constante
Que me obriga a avançar de forma lenta
Pois a rotina nos engana
Só por que até agora o sol sempre renasceu
A cada novo dia que surgiu
Não significa que amanhã ele estará lá
Se hoje aqui estou
Escrevendo estes versos deformados
Amanhã já posso não estar mais

domingo, 5 de dezembro de 2010

Ascensão e Queda

Como saber se chegamos ao topo
Se temos medo de subir
Pois sempre achamos que vamos cair
Nesta condição, como posso sorrir?

A vida cansa
E a vida me aborrece
Tudo isso me enfraquece
Tudo isso me entristece

Nos ensinaram a sonhar
Mas não nos ensinaram a lutar
Nos ensinaram a desejar
Mas não nos ensinaram a conquistar

Ridícula é a esperança
É necessário morrer
Dar um fim nesta dança
Fazer uma mudança
Pela morte eu vou procurar
Para então me enforcar
Em suas longa trança

O pensamento positivo se torna uma ilusão
Pois sonhar demais só trará mais dor
Sempre é bom ter os pés no chão
E ver qual o real caminho a seguir
Para que não venhamos a cair de um alto penhasco
Por não termos visto o caminho
Quando estávamos com a cabeça nas nuvens