quarta-feira, 29 de dezembro de 2010

Tempo destruidor

A eternidade é o instante
Que nunca passa e nunca avança
Fica sempre sendo, apenas um segundo
Um pequeno milésimo de segundo
Onde gira este mundo

Meu coração sangra transpassado
Com a seta do tempo que tem me ultrapassado
Meus pulmões tentam respirar, mas todo ar é passado
Não há como andar para trás
O que foi já acabou, morto e enterrado jaz

Meus olhos querem ver o que há adiante
Não há nada além do instante
No futuro há a névoa obscura constante
Que me obriga a avançar de forma lenta
Pois a rotina nos engana
Só por que até agora o sol sempre renasceu
A cada novo dia que surgiu
Não significa que amanhã ele estará lá
Se hoje aqui estou
Escrevendo estes versos deformados
Amanhã já posso não estar mais

Um comentário:

  1. é, amanhã pode não estar mais escrevendo belos poemas como esse!
    adorei o poema!

    se quiser, conheça meu blog de arte obscura http://artegrotesca.blogspot.com

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