domingo, 29 de maio de 2011

Morte

O que há para nós na vida
A triste e dolorosa realidade
Assustando e afastando a todo ser
Ah! Como somos tolos covardes
Queremos nossas fugas, nossos escapes
A vida é dor, não é Schopenhauer?
Mas eis que o que não nos mata, nos fortalece
Não é Nietzsche?
Sentimos, precisamos, apegamos
Temer a morte?
Temer a ausência do sentir?
Não sentir mais dor?
Por que temer tal estado, não é Epícuro?
Todas as profundas influências
Dos criadores de filosofias e de ciências
Jazem todos mortos
O mesmo destino
E eu?
Eu sorrio
Pois o mesmo destino deles
Também será o meu
A morte
Em algum momento ela vem
Não sabemos em qual esquina, não é Raul?
Mas uma hora ela vem
A vida tem um fim, isso eu sei que tem

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