domingo, 2 de agosto de 2009

Retorno ao lar

As trevas que se ocultam
Ao raiar do sol
Escondem-se em todos os recantos
Quebrando todos os encantos
Não há nada mágico
Que componha a natureza
Ela simplesmente é
Aquilo que foi selecionada para ser
Para nos alimentarmos
Causamos a morte
Tornando o individuo mais forte
Da matéria inerte, mas reagente
A vida surgiu
E da matéria inerte
A cadeia trófica se sustenta
Átomos que são transportados
De um ser para outro
Da morte nos originamos
E ela nos amamenta
De seu leite materno tomamos
Apesar de ser ela que nos atormenta
Para ela retornamos
Como um filho que retorna ao lar
Após uma breve ausência para viajar

2 comentários:

  1. Muito bom Mário!

    A cada poema e conta que escreves, vemos mais e mais teu talento!

    Sucesso :D

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  2. Gostei dos conceitos biológicos que também lembram-me o evolucionismo de Charles Darwin. É bom ler textos com essa riqueza de referências mesmo que implícitas.

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