Entre a vida e a morte
Devore a carne que lhe entrego
Fornecedor do ovário materno
Usurpador do testículo paterno
Despedaçando com o machado
Cada naco carnal a ser devorado
Beba deste sangue adorado
O banquete continua avançando
A ampulheta da vida continua rodando
Vermelho é a cor do amor
Vermelho é a representação da dor
Consternação lamentosa
A substância viscosa
Que escorre de teu ventre
Santo aborto
Da carne embrionária
Desta mulher centenária
Digerindo-a e absorvendo-a
Vil criatura placentária
Vítima sanguinária
terça-feira, 18 de agosto de 2009
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Sempre pesado!
ResponderExcluirSem medo de trilhar caminhos grotescos que chocam a todo o tempo.
Um abraço!
Gostei da narrativa e o vocabulário rico sempre me leva para outros mundos de horror, morte, dor, desespero, agonia, tristeza, decadência, desesperança e morbidez. Lindo!
ResponderExcluir