sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Ao cair da noite

A noite avança
Com sua lança
Sobre o dia
E quem diria
Parece uma fera
Tal qual uma pantera
Agarrando os desavisados
Desiludindo os apaixonados
A noite não espera ninguém
Para fagocitar o mundo ela advém
A luz foge perante o escuro soturno
Oriunda do Sol, foge para o colo de Saturno
Bailam no espaço os fótons
Através da imensidão do universo
Entre elétrons, nêutrons e prótons
Que colidem neste verso
Compondo toda a matéria
Nesta noite deletéria
Imensamente melancólica
A luz contorceu-se em sua cólica

3 comentários:

  1. Elétrons, fótons, neutrons e elétrons...
    Muito massa essa incrementação de física nos teus versos!
    Muito boa a idéia de ser uma poeta-naturalista!

    Inteligentes demais teus poemas com focos em termos mais científicos...

    :)

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  2. Algo em alguns de seus textos lembram-me elementos de Augusto dos Anjos, um dos meus escritores prediletos.

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  3. "Fagocitose do mundo"--> parece um biólogo escrevendo rsrsrs

    a noite é o outro lado do dia...
    outra polaridade...
    yng yang

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