sexta-feira, 31 de julho de 2009

Amarga Desgraça

Malévola é a escuridão
Que instala-se em meu coração
Não é o mal
Mas sim o medo, o temor
Tamanho é o horror
A vida passa rapidamente
O Tempo não possui clemência
E destrói minha paciência
Pois a cada dia que passa
E quanto mais a vida se arrasta
Parece que mais próximo eu vou
Ao caminho das duas damas nefastas
Possuidoras de negras vestes
Aproximam-se de mim
Como se morto eu estivesse
A primeira é a Solidão
Causadora da dor e da desgraça
Abalando-me lentamente
Nos escuros cantos da mente
Preparando-me para o corte
A segunda é a Morte
Dona da escuridão
Que o golpe final me dará
E com a lâmina da gadanha
Tudo terminará
E a guerra não será mais ganha

Um comentário:

  1. Esse texto lembrou-me um dos textos do Castro Alves, um dos poetas mais interessantes que já li na vida. Gostei das definições quanto a solidão e morte. As rimas são bem feitas e o texto é corrido sem divisões em estrofes, é interessante.

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