Amargo sofrimento alheio para o qual escrevo
Quem lê minhas palavras?
Se durante dias inteiros escrevo
E nenhuma resposta recebo
Continuo e continuo
O corte é profundo
Palavras são sangue
Que brotam, vertem e escorrem
Espalho por todos os lados
O sangue palavreado que de mim escapa
E o frio que sinto é o frio da dor?
A maldita companhia de não ter companhia
Irradiante dor que crava seus dedos
No âmago do ferimento
Rompe-o e arrebenta-o
Fazendo os pensamentos obscurecerem
E o sangue palavreado jorrar como cascata
Em mais um dia que amanhece
Observo o que há atrás de mim
É o rastro de palavras
Demarca meu caminho
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"A maldita companhia de não ter companhia"
ResponderExcluirNão disse... Algo de positivo temos que buscar nessas horas. Escrever é o que nos resta.
Muito bom cara!
Sou lido por muitos e comentado por poucos também. Escrever é ótimo mas também tenho prazer em saber que cativei leitores, mesmo que tais leitores sejam um grupo tão pequeno.
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