Venham a mim as tormentas
Passarei por sobre elas
Como uma ave que voa
Sobre sua presa
Levemente oscilante em seu trajeto
Previamente traçado nos céus
Pois após as tempestades
O sol voltará a brilhar
Das águas violentas
Que foram despejadas das alturas
A vida brotará
Usando o passado como substrato
Tempos passados serão o adubo
Da vida que irá surgir
Desenvolver-se-á, para então frutificar
Algum dia morrerá
Mas não sem antes suas sementes deixar
sábado, 25 de julho de 2009
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"...Passarei sobre elas
ResponderExcluirComo uma ave
Sobre sua presa..."
Este trecho, em especial, me lembrou Schopenhauer, em "As Dores do Mundo", quando fala da natureza e seus filhos.
O filósofo me fez fazer as pazes com a natureza, porque me revoltava a lei do mais forte. Ele diz:
"Quando um pequeno pássaro voa sem imaginar que acima dele uma ave de rapina plaina certa qe ali vai a sua presa, a natureza não se importa. E não se importa também quando a onça espreita a capivara que brinca distraída. Nem mesmo se importa com a raposa displicente sob o olhar atento do lobo. Muito menos se importa com o inseto inocente que se move sem imaginar o pé que pode massacrá-lo.
A natureza vê tudo isso e não se importa, porque ela é mãe. E, como tal, quer todos os filhos de volta ao seu seio."
Doces besos. Belo Blog o teu!
Meus filhos serão apenas uma sala de acervo e minhas obras, deixarei meus bens para sociedades filosóficas sérias, pois não quero ter filhos e vou me vasectomizar assim que completar 26 anos em 2010.
ResponderExcluir"Flor fruto e semente, e todas as coisas retornam e crescem e procuram a luz, e por fim entregam-se à Senhora..." Brumas de Avalon
ResponderExcluirO eterno ciclo...