quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

Vida 2



O céu se estende ao horizonte
Venho de não sei onde
Percorrendo estas terras
Rumo a um algum destino
Vago durante Eras
Carregando a vida comigo
Fugindo de algum inimigo

Carrego comigo os vermes helmintos
Ainda bem que não são platelmintos
A dor suga-me as forças
Tudo que vejo na estrada são forcas
Corpos dependurados
Até parecem estar defumados
Mas certamente estão sendo devorados
Pelos carniceiros deste local
Ah! E eu também sou um animal
Um filho desta terra
Selecionado ao longo de cada Era

Só procuro o céu além do horizonte
Mas por mais que ande
Sempre volto para o lugar de ontem
Onde encontro a mesma dor atordoante
Da ignorância humana
De quem não sabe como se ama

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