O sangue e a dor
Fluem em constante harmonia
Vertem da fonte inacabável
Em uma orquestra inabalável
Em que instrumentos são ossos
Ossos e cadáveres
Que perderam seus caracteres
Meus ossos se quebram com a vida
Meu sangue rega jardins alheios
Vampiros é que os seres sociais são
Todo sangue eles tomarão
Para tentarem tornar suas mortes
Mais despercebidas para eles mesmos
Numa tentativa fracassada
De mudar o passado
E mascarar a dor reservada ao futuro
Pois não possuem capacidades próprias
Parasitas extremos
Isso é o que aqui temos
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