quinta-feira, 13 de maio de 2010

Delícia Gélida

Aquele corpo frio
Diante de mim
Próximo havia um rio
O barulho das águas
Balbuciava com a noite escura
O corpo frio já não tinha mágoas
A carne começava a ficar dura
A lua cheia no alto brilhava
Aquela mulher morta eu tocava
Nua ela estava
Seu coração tinha parado
E eu ficara excitado
Algumas larvas a devoravam
Tudo era uma grande festa
Eu lambia cada pútrida fresta
Celebrando o meu viver
A morte vem sem querer
Eu estava vivo sem saber
Agora eu aprecio cada amanhecer

Um comentário:

  1. Forte e delicado ao mesmo tempo.
    Adoreiiii.


    Estou de volta ao blog..

    Beijos sangrentos da vampira Laysha.

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