Sobre as mulheres, a sociedade e a religião.
Olhamos para a história da humanidade, tantos filósofos, líderes, imperadores, reis, escritores, mestres, guerreiros, o que nós vemos? Vários grandes nomes da história eram do sexo masculino. Em que lugar estavam as mulheres? Ocultas da sociedade, uma sociedade patriarcal na qual elas desempenham apenas um papel secundário.
Por que mantivemos as mulheres caladas por tanto tempo? Talvez porque nós homens sabemos que elas possuem um senso de justiça que muitas vezes é melhor do que o nosso. Pois trazem o instinto maternal em seus genes, elas veem o mundo com mais sentimento do que nós. Assim sendo poderiam facilmente ter alterado o curso da história da humanidade. A igreja há muito tempo já sabe do poder de influência das mulheres sobre os homens e que tal poder poderia muito bem ter impedido todas as atrocidades cometidas pela religião, assim sendo, a igreja se encarregou de tornar a mulher submissa ao máximo. As religiões transformaram deus em um homem para ele ser cruel, egoísta e corrupto, se deus fosse uma mulher, talvez seria um colo materno acolhedor, um reduto para descanso e conforto. Mas muitas religiões precisam ter um pulso assassino para continuar lucrando, portanto descartam as mulheres.
Vejamos alguns dos muitos tratamentos ofertados para as mulheres por parte das religiões e após continuemos nosso raciocínio...
Na Bíblia “Sagrada” do cristianismo...
“A mulher aprenda em silêncio, com toda sujeição. Não permito, porém, que a mulher ensine, nem use de autoridade sobre o marido, mas que esteja em silêncio. Porque primeiro foi criado Adão, depois Eva.” 1 Timóteo 2: 11-13.
"Vós, mulheres, sujeitai-vos a vossos maridos, como ao Senhor; porque o marido é a cabeça da mulher, como também Cristo é a cabeça da igreja, sendo ele próprio o salvador do corpo." Efésios 5: 22-23.
No Talmude do judaísmo...
“A mulher é um vaso cheio de imundícies com sua boca cheia de sangue e, entretanto, todos a desejam.” Shabbath 152
Santo Agostinho...
“É Eva, a tentadora, que devemos ver em toda mulher. Não consigo ver que utilidade a mulher tem para o homem, tirando a função de ter filhos.”
São Tomás de Aquino...
“A mulher está em sujeição por causa das leis da natureza, mas é uma escrava somente pelas leis da circunstância… A mulher está submetida ao homem pela fraqueza de seu espírito e de seu corpo… é um ser incompleto, um tipo de homem imperfeito […] A mulher é defeituosa e bastarda, pois o princípio ativo da semente masculina tende à produção de homens gerados à sua perfeita semelhança. A geração de uma mulher resulta de defeitos no princípio ativo.”
Retornemos para nossa linha de raciocínio...
Por que tanto temor para com as mulheres?
Nesta sociedade patriarcal tomada de guerras e desgraças, um pai fica orgulhoso do filho que vai a guerra, do filho que morre em guerra defendendo fronteiras imaginárias criada por homens, defendendo diferenças pré-conceituais da imaginação dos homens. Enquanto a mãe cai em desespero por ver sua prole morrer por motivos tão banais e mundanos. Se a sociedade assumisse uma atitude matriarcal na qual a opinião das mulheres de verdade (não das tolas submissas) fosse realmente escutada e posta em prática, então o mundo começaria a ter seus maiores problemas resolvidos.
Os homens se consideram como tendo sido criados em igual imagem aos seus deuses inexistentes, a partir disto criam concepções de que podem fazer o que bem entendem a todos que os rodeiam. Inclusive aos seres vivos aos quais eles devem suas vidas, as mulheres. Ainda mais triste do que ver homens tratando mulheres como objetos, é ver mulheres aceitando tais condições. Mulheres que aceitam a submissão, que aceitam serem tratadas como objetos.
“Mas elas se casaram e dependem financeiramente de seus maridos, não possuem estudo e nem capacidade para serem independentes, não possuem condições para trabalhar, por isso aceitam tais condições”... Nunca é tarde para estudar, nunca é tarde para aprender, você pode lutar ou continuar em uma situação deplorável. Desculpas esfarrapadas de mulheres que se acomodaram em tal situação e agora preferem a submissão, vivem na lei do “deixe do jeito que está”. Tolo conformismo, temem as mudanças. Quando se vive a dois, não é para que um sustente o outro ou para que um torne o outro submisso e sim para que os dois construam uma vida juntos com mútuo respeito.
Quantas mulheres sofreram, batalharam e até morreram ao longo da história para que todas fossem tratadas com respeito e dignidade (as origens do movimento feminista tão depreciado pelas próprias mulheres atualmente). Lutaram para que suas opiniões fossem ouvidas e assim pudessem ajudar a melhorar nossa sociedade. Não digo para que as mulheres passem a agir como homens ou que os homens tratem mulheres como se fossem homens, mas que as tratem como Seres Humanos e não como objetos para fins reprodutivos.
Num país medíocre e patriarcal como o Brasil as mulheres ainda não possuem domínio sobre seus próprios corpos, são mal vistas quando ocupam cargos de poder e ainda são obrigadas a terem dupla jornada de trabalho (trabalho formal e trabalho doméstico, como limpar a casa e cuidar da prole), pois os supostos “homens” são “superiores” demais para ajudarem suas esposas e tais seres ainda se consideram “machos” e se acham no direito de dizer que amam “suas” mulheres. Bom, quem ama cuida e ajuda. Quem realmente ama não transforma a pessoa amada em escravo serviçal.
sábado, 23 de janeiro de 2010
quarta-feira, 13 de janeiro de 2010
Morra liberdade
Como uma bela princesa
Presa em suas cordas
Marionete sem jeito
Pendurada em sua morte
Deformada pelo tempo
A poeira se acumula
Sobre o sangue já seco
A corda principal em seu pescoço
Enforcada, mutilada, despedaçada
Seu trono é um vaso sanitário
Para onde escorrem suas lágrimas
Ao redor de seu trono
Um belo tapete vermelho
Composto de teu próprio sangue
Dance, princesa, dance!
A forca está te apertando?
Procure o ar que foge
Suas garganta se fecha
Teu colar de corda
Pressiona teu lindo pescoço
Liberdade é mera ilusão
Está presa em teu reino social
Uma forca pelo amor
Vamos admirar a tua dor
Para acompanhar...
Xasthur
Presa em suas cordas
Marionete sem jeito
Pendurada em sua morte
Deformada pelo tempo
A poeira se acumula
Sobre o sangue já seco
A corda principal em seu pescoço
Enforcada, mutilada, despedaçada
Seu trono é um vaso sanitário
Para onde escorrem suas lágrimas
Ao redor de seu trono
Um belo tapete vermelho
Composto de teu próprio sangue
Dance, princesa, dance!
A forca está te apertando?
Procure o ar que foge
Suas garganta se fecha
Teu colar de corda
Pressiona teu lindo pescoço
Liberdade é mera ilusão
Está presa em teu reino social
Uma forca pelo amor
Vamos admirar a tua dor
Para acompanhar...
Xasthur
quinta-feira, 7 de janeiro de 2010
ANTROPOPHAGYA
Aos leitores
Está disponível para venda no Clube de Autores, o meu livro ANTROPOPHAGYA.
São 230 poemas que vão da morte a vida, do amor ao ódio.
http://clubedeautores.com.br/book/11212--ANTROPOPHAGYA
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São 230 poemas que vão da morte a vida, do amor ao ódio.
http://clubedeautores.com.br/book/11212--ANTROPOPHAGYA
segunda-feira, 4 de janeiro de 2010
domingo, 3 de janeiro de 2010
Retrato Fúnebre
Cortando os pulsos
Com a navalha afiada
Sinfonia da morte
Cascata de sangue
Tinta para o artista
Pintura sacra da morte
Auto-retrato fúnebre
Abrindo fendas na carne
Rasgando a vida
Destruindo sonhos
Procurando a escuridão
Viajando para o fim
Para o lago de fogo
Tão frio
Congela todos os pensamentos
Traz a palidez da morte
Apaga a chama da vida
Esfria o calor humano
Decompõe a matéria
Para acompanhar...
Dissection - In the cold winds of nowhere
Com a navalha afiada
Sinfonia da morte
Cascata de sangue
Tinta para o artista
Pintura sacra da morte
Auto-retrato fúnebre
Abrindo fendas na carne
Rasgando a vida
Destruindo sonhos
Procurando a escuridão
Viajando para o fim
Para o lago de fogo
Tão frio
Congela todos os pensamentos
Traz a palidez da morte
Apaga a chama da vida
Esfria o calor humano
Decompõe a matéria
Para acompanhar...
Dissection - In the cold winds of nowhere
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