Trancafiados em nossas
jaulas
Perambulamos por aí em
busca de estímulos
Que aliviem os
instintos animalescos
O zoológico humano é
mais restrito do que qualquer outro
Um rebanho amorfo que
ruma ao nada
E do nada surge tudo
Comporte-se como as
massas
Todo aquele que não o
faz deve ser educado
Dilacerado, macerado,
mentalmente reestruturado
Não há para onde ir
Estamos viciados no
zoológico
Dependente de todas as
ilusões alegres
Que encontramos nos
arredores de nossas jaulas
Hoje respiramos o ar
intoxicado
Assistimos aos
estímulos que nos viciam
Amanhã estaremos mortos
e esquecidos
Em meio aos vermes
estarrecidos
Permeando nossos órgãos,
pelo sol aquecidos