sexta-feira, 21 de maio de 2010

A morte e o erro

Dentro do caixão
Restaram apenas os ossos
Roídos pelos vermes
Lambido pelas bactérias
Uma vida interrompida
“Foi a vontade de deus”
Assim dizem os conformistas
Ofertam consolos que não satisfazem
A morte veio e o levou
Não por vontade divina
Pois a divindade não é
E nunca foi
A morte veio do erro
Da escolha errada
Do descuido e da falha
Ele trouxe a morte para si
Naquela estrada
Tomada pela noite
Em momento chuvoso
Com o álcool no sangue
Ele esqueceu a consequência de seu ato
E tudo foi quase imediato
Com seu erro foi extraviado
A vida se tornou um hiato

quinta-feira, 13 de maio de 2010

Delícia Gélida

Aquele corpo frio
Diante de mim
Próximo havia um rio
O barulho das águas
Balbuciava com a noite escura
O corpo frio já não tinha mágoas
A carne começava a ficar dura
A lua cheia no alto brilhava
Aquela mulher morta eu tocava
Nua ela estava
Seu coração tinha parado
E eu ficara excitado
Algumas larvas a devoravam
Tudo era uma grande festa
Eu lambia cada pútrida fresta
Celebrando o meu viver
A morte vem sem querer
Eu estava vivo sem saber
Agora eu aprecio cada amanhecer

sábado, 1 de maio de 2010

ANTROPOPHAGYA!

A primeira resenha sobre o meu livro de poemas ANTROPOPHAGYA, veja a opinião do renomado escritor MÁRSON ALQUATI, autor da série de livros ETHERNYT(http://www.ethernyt.blogspot.com/)

"Um excelente compêndio de poemas, dentre os quais alguns dos melhores que eu já li até hoje no estilo nada convencional, porém altamente fascinante, adotado pelo Marius. Com certeza, mais uma excelente contribuição para a Literatura Nacional. Que venham os próximos trabalhos desse maravilhoso e mui talentoso escritor! " (MÁRSON ALQUATI) [Muito obrigado Márson!!!]


Prefácio do meu livro ANTROPOPHAGYA, este prefácio foi escrito por Emili Bortolon dos Santos...

Ao nos depararmos com o título deste livro, logo imaginamos que nele estão contidas palavras que deixam rastros sanguinários, e nenhuma amostra vital. No entanto, é em seu título que está o que se oculta por entre as linhas desta suntuosa obra, os dois estágios em que uma pessoa pode encontrar-se durante seu ciclo terráqueo: a vida e a morte. Marius Arthorius tem grandes semelhanças com o poeta pré-modernista Augusto dos Anjos, que deixou seu nome enraizado na história literária brasileira desde o início do século XX. Assim como Augusto, Marius é possuidor de um estilo diferenciado ao compor seus versos. Usa uma linguagem científica muito bem planejada e estruturada, com elementos que vão desde um átomo até multiversos. Além, é claro, da temática mais freqüente em seus poemas, a morte. Inspirado no Manifesto Antropófago composto por Oswald de Andrade, o autor procura compor poemas de diversificados sentimentos aliados a criticas à sociedade, criando uma obra ímpar. Uma peculiar característica de Marius é deixar a critério do leitor a percepção de simbologias com um significado a ser compreendido. Antropofagia. Degustação de carne humana. Aqui estão folhas impressas para não serem simplesmente lidas. Parafraseando o próprio autor: “Devore cada palavra como se estivesse em um ritual antropofágico”, onde cada naco de carne seria a absorção dos sentimentos e conhecimentos contidos nesta obra. Deixe-se compartilhar os sentimentos do autor. Viva, ame, odeie, morra. Pois como enunciaria Oswald de Andrade, Só a Antropofagia nos une. Culturalmente... (EMILI BORTOLON DOS SANTOS) [Muito obrigado Emili meu amore!!!]



Com a ajuda do renomado escritor M.D. AMADO (http://www.mdamado.com.br/) o livro ANTROPOPHAGYA foi disponibilizado para download gratuito no site ESTRONHO & ESQUÉSITO no seguinte link http://www.estronho.com.br/downloads.html [Muito obrigado Amado!!!]

Baixem e leiam o livro!!! Ou então morram!!! :D
Abraços antropofágicos!