Ele jaz no berço
Dormindo calmamente
A respiração calma e tranquila
Criança que descansa
Sonha com um mundo inocente
Ao crescer irá sofrer
Verá que este belo mundo
É composto de ódio e raiva
Guerras e doenças
A liberdade
Perdeu-se há muito tempo atrás
Nenhum deus para te proteger
Apenas o mundo e você
A morte se prende ao calcanhar
Diminui o teu passo
Tu ó criança do mundo
Perderá tua vivacidade
Conforme avança a idade
Será puxada para baixo
Curvando-se sobre teu corpo
Cada vez mais próximo do chão
Rumo ao buraco que lhe aguarda
Que abrigará teus restos mortais
segunda-feira, 28 de dezembro de 2009
domingo, 20 de dezembro de 2009
Para você Mário, meu amor
Escrevo estes versos para um homem indescritível,
aquele que me ergue no momento mais terrível;
Aquele com o qual converso sobre nada e sobre tudo;
Aquele que guardado está no meu coração, em um
recanto demasiado profundo.
Inicialmente eu não apreciava a evolução do nosso enlançe;
Lágrimas o fiz derramar, seu coração eu pus a desabar...
Felizmente, por pouco tempo foi;
Tempo tal, que nem para todos é igual;
Creio que para ele o tempo durou uma eternidade
que o fez sofrer sem piedade ter.
No meu próprio tempo, percebi a falta que ele me faz,
a dor que em mim ele desfaz;
Definitivamente é o homem no qual encontro minha paz!
Muito além das proporções do tempo e do espaço em que vivemos;
Muito além da imensidão cósmica;
Muito além da minha própria felicidade.
Meu amor por ele a nada pode se equiparar, pois
cujo está em uma escala além da vida e da morte.
E não é como a porcelana, muito menos como o vidro,
porém pode provocar um corte.
Pode até ser como o aço - que muito é exaltado pelo
ManOwar - que como nosso amor, é fortíssimo, muito forte.
aquele que me ergue no momento mais terrível;
Aquele com o qual converso sobre nada e sobre tudo;
Aquele que guardado está no meu coração, em um
recanto demasiado profundo.
Inicialmente eu não apreciava a evolução do nosso enlançe;
Lágrimas o fiz derramar, seu coração eu pus a desabar...
Felizmente, por pouco tempo foi;
Tempo tal, que nem para todos é igual;
Creio que para ele o tempo durou uma eternidade
que o fez sofrer sem piedade ter.
No meu próprio tempo, percebi a falta que ele me faz,
a dor que em mim ele desfaz;
Definitivamente é o homem no qual encontro minha paz!
Muito além das proporções do tempo e do espaço em que vivemos;
Muito além da imensidão cósmica;
Muito além da minha própria felicidade.
Meu amor por ele a nada pode se equiparar, pois
cujo está em uma escala além da vida e da morte.
E não é como a porcelana, muito menos como o vidro,
porém pode provocar um corte.
Pode até ser como o aço - que muito é exaltado pelo
ManOwar - que como nosso amor, é fortíssimo, muito forte.
sexta-feira, 11 de dezembro de 2009
Destruindo Paradigmas
A globalização, um processo que ocorre no mundo atual e que vem sendo tão discutido pela grande maioria das pessoas. Aspectos positivos e negativos. Nesta sociedade que se encontra sempre em transformações, em que situações ficam as grandes instituições, as famílias, a Igreja e o Estado? Com os valores morais sofrendo alterações constantes muitas vezes é difícil entender o que é certo ou errado. Entre os principais conflitos e desafios que aparecem em nossa sociedade, temos os casamentos entre as pessoas do mesmo sexo, avanços da engenharia genética, eutanásia, pena de morte, fundamentalismo religioso, efeito estufa, corrupção. Vamos fazer uma breve reflexão sobre todos esses assuntos, antes de qualquer coisa, é importante que saiba, que existem bilhões de pessoas no mundo, cada uma com uma opinião diferente sobre os mais variados assuntos. Assim basta o respeito e compreensão para que todos expressem suas opiniões sem apelarem para a irracionalidade grotesca que tanto tem aparecido nesta nossa sociedade insana.
Para começar uma discussão sobre valores e ética, creio que eu poderia iniciar com o aforismo (um tanto irônico) de Bernard Shaw: “Não faça aos outros aquilo que gostaria que fizessem a ti. Eles podem não ter o mesmo gosto”. Valores éticos, o que é certo e o que é errado? O certo e o errado são tão relativos quanto o tempo. As pessoas sempre procuram conceitos absolutos, no entanto, nenhum conceito possui tais características. Certo e errado são conceitos em constantes modificações, sempre que o conhecimento cientifico ou filosófico avança, ocorrem alterações nestes conceitos.
Vamos então seguindo por partes os assuntos citados, começando com as “grandes instituições”. Entre família, Igreja e Estado, a família é a mais importante, ainda assim, existem muitas pessoas que nunca conheceram suas famílias nem por isso foram pessoas piores do que outras. A ausência desta instituição pode parecer a mais assustadora, incluindo-se na família até mesmo os amigos. Tais fatos também estão relacionados ao tipo de família que uma pessoa poderá ter. Pois se a educação vem de casa, infelizmente nem sempre as pessoas podem contar com a família como uma fonte de amparo, conforto e educação. E isso não é de agora. A mediocridade sempre abundou em toda grande civilização. Todas as civilizações sempre tiveram sua ascensão, seu momento glorioso e sua queda, o mesmo poderá acontecer com nossa sociedade global.
Quanto a Igreja e o Estado, será que realmente são necessários? Como diria Napoleão Bonaparte, um grande ex-representante do Estado francês: “A religião é uma ótima ferramenta para deixar as pessoas comuns quietas”. Percebe-se, neste caso, que existe há muito tempo uma utilização mútua entre Estado e Igreja para fins de governar as massas sociais. Mesmo que muitas vezes tente-se manter a laicidade estatal, esta em muitos Estados, como o Brasil, parece ser apenas mera ilusão de uma palavra escrita no papel. Os momentos de inexistência da Igreja e do Estado estão tão distantes no passado da humanidade que as pessoas temem sua inexistência, da mesma forma que temem o desconhecido. Vamos um pouco mais longe nessa reflexão sobre as instituições, usemos o Império Romano como exemplo. Neste império é que foi criada a instituição chamada Igreja, ou seja, a Igreja foi criada para servir aos interesses do Estado. Desde as remotas civilizações os governantes sabem da utilidade da religião para controle de um povo. O politeísmo causava muitas intrigas dentro do Estado, causando muitos incômodos para os governantes, pois diferentes seitas de diferentes deuses estavam sempre entrando em conflito. Assim durante o reinado do imperador Constantino, por volta de 300 d.C., ele decidiu unificar as coisas, um mesmo Estado, um mesmo povo e uma mesma religião, sob o manto de um único deus. Nessa ocasião também ocorreram alguns concílios da Igreja, no qual foram definidos quais livros iriam compor a bíblia, afinal somente de evangelhos existiam centenas, foi necessário escolher os mais parecidos e os que atendessem às necessidades do Estado.
Começava a surgir o monoteísmo estatal. Mas não é fácil converter as pessoas para uma nova crença, elas se apegam demais a estas frivolidades imateriais, foi então que o império inseriu em sua religião muitos aspectos de diversas culturas pagãs que existiam em seus territórios. Começava a se formar o cristianismo. Que pelo nome se refere ao mito de Jesus, sua história de vida foi moldada copiando a de diversos deuses “pagãos” de um período anterior em até milhares de anos ao da suposta existência de Cristo. Alguns destes deuses que serviram de fonte para o plágio são: Hórus, Átis, Apolo, Mitra, Krishna, etc. Destas cópias também surgem as explicações para muitos eventos atuais, como por exemplo, os dias da semana: Domingo (Sunday: dia do Sol, em que se rezava ao deus Sol), Segunda-feira (Monday: dia da Lua) e por ai vai, ou a celebração de Páscoa e Natal, justamente nos dias de Equinócio e Solstício, em que as culturas “pagãs” celebravam a chegada da primavera e de suas colheitas. É muito mais fácil governar pessoas que pensem de forma semelhante e que não fiquem brigando entre si. É mais fácil guiar um rebanho unido do que um disperso. Assim, da instituição Estado, teve início a formação da instituição Igreja.
Já se percebe nesta parte que os atos históricos condenam, tanto a Igreja como o Estado, no que se refere à utilização destes como possíveis fontes de “certo” e “errado”. A base do certo e do errado, sua mais profunda fundação está na percepção de que nossos atos podem ocasionar sofrimento aos outros seres. Enquanto ainda estamos agindo na luz de nossas consciências percebemos no olhar das pessoas, em suas expressões faciais, quando elas demonstram tristeza ou felicidade. É este sentimento, este instinto, impregnado no âmago de nossas conexões neurais, que cria a base da moralidade, do certo e do errado. É nossa percepção de que nossos atos podem prejudicar ou não algum ser que eventualmente tenha similaridade genética conosco.
Novos valores morais estão sempre surgindo, a humanidade anseia para que tudo seja estático, que tudo permaneça do jeito que está. Basta um olhar leigo para o mundo e para a história da humanidade para perceber que tudo é dinâmico. Sempre estão ocorrendo modificações, ciclos e alterações. Ou seja, criar uma barreira para tentar impedir alterações só prejudicará ainda mais a situação. É, pois, necessário guiar de forma correta, criando orientações que visem determinar o que vem a ser mais certo para as massas, mas também para a liberdade individual. Ambas estas liberdades devem ser respeitadas, a coletiva e a individual. Se você não possuir um pouco de individualidade, você será apenas mais um indivíduo perdido na plebe. Da mesma forma que se tu permanecerdes somente na individualidade, não conseguirás se relacionar com os demais indivíduos que compõe a plebe. Adapte-se ou morra.
Se as pessoas do mesmo sexo querem casar, elas que casem! Além do mais, o que é o casamento? Casamento não impede que homens e mulheres traiam uns aos outros e assim acabem com toda a estrutura de suas famílias e transformem a vida de seus filhos em um inferno. Se duas pessoas tomam a decisão de passar o resto de suas vidas juntas, não é uma assinatura no papel ou um pedaço de metal no dedo que irá manter esta relação. Um casamento é mantido pelo respeito mútuo do casal, pelas conversas, pelos momentos vivenciados juntos, pela construção de ideais e sonhos em conjunto. Existem muitas pessoas que se casam na lei, e até perante “os olhos de deus”, e ainda assim ficam traindo umas às outras numa completa falta de respeito para com seu cônjuge e sua prole. Ou seja, nem a Igreja e o Estado, conseguiram manter neste indivíduo alguma ética e moral de respeito para com o cônjuge. Isso já vem de antes do casamento, se um indivíduo fica traindo sua namorada com outras mulheres, não é o casamento que irá impedi-lo de cometer tais atos hediondos. O maior número de divórcios ocorre entre pessoas religiosas, assim como os países mais violentos são os mais religiosos. Moral e ética são originadas de profundas reflexões filosóficas, pela busca da compreensão e do respeito, de não causar mal para quem nós amamos e para quem nós não conhecemos.
A engenharia genética, tão mal compreendida devido ao analfabetismo científico que tanto abunda nesta nossa sociedade insana. Por que não usar seus benefícios? Produzamos alimentos transgênicos para garantir o futuro de bilhões de pessoas que vivem neste planeta. Existem três opções: usar transgênicos, aumentando a produtividade alimentícia, desmatar mais áreas florestais ou fazer um controle populacional extremamente rígido. Eu preferiria fazer as pessoas pararem de ter filhos, claro que muitos tem seus sonhozinhos de serem mamães e papais. Ou fazemos isso, ou não haverá futuro para a prole originada destes sonhos. Controlando a população acabamos também por resolver quase todos os problemas relacionados ao meio ambiente. A humanidade cresceu demais e isso tem ocasionado muitos problemas para todos. E justamente esse excesso de pessoas poderá trazer o colapso de nossas estruturas sociais. Muitas pessoas e recursos escassos, guerras e mortes ocorrerão em abundância.
Eutanásia, morte assistida, pena de morte... São questões que devem ser analisadas em casos individuais, não sendo possível extrapolar estas reflexões para o todo. Ninguém tem o direito de tirar a vida de outra pessoa a não ser em casos extremos. Da mesma forma que, como diria Nietzsche: “ninguém tem o direito de tirar o direito de morte do suicida”. Todo indivíduo é ao mesmo tempo único e descartável. É especial e refutável. Uma pessoa que está em estado vegetativo, deve ser morta ou ficar viva? Isso dependerá do quão grave são as lesões e o estado em que ela se encontra. Da mesma forma que será uma decisão de seus familiares, colocando numa balança os pesos do sofrimento emocional e da esperança. Assim também um assassino, ele deve ser morto por seu crime? Ele nasce assassino ou é a sociedade pútrida e decadente que gera os assassinos? Muito do caráter das pessoas é moldado pelo ambiente em que elas vivem. Situações extremas criam pessoas que agem de forma extrema. Em alguns casos e na grande maioria, a crueldade e a violência já são inatas, faz parte da natureza humana. É o animal selvagem que tentamos esconder por debaixo de nossas roupas.
O fundamentalismo religioso, John Lennon já dizia em sua música “Imagine”, para imaginarmos um mundo sem religiões. Imaginemos um mundo sem os atentados terroristas, sem as eternas guerras no Oriente Médio, sem as mortes entre católicos e protestantes na Irlanda, sem a destruição de todas as culturas indígenas do mundo ocasionadas pelos jesuítas, sem as Cruzadas, sem os milhares de torturados e mortos pela Santa Inquisição (crianças, jovens, adultos e idosos), em conseqüência sem o Malleus Maleficarum, sem a defesa da escravidão (afinal a bíblia defende a escravidão, até ensina como surrar um escravo sem matar, e a igreja soube se aproveitar disso, na verdade uma das primeiras exportações de escravos africanos foi organizada pelos missionários cristãos, entre 1344 e 1500, quando o bispo De Las Casas percebeu que os indígenas americanos não serviam para o trabalho escravo). Houve também milhões de mortes entre diferentes seitas cristãs que surgiram e se extinguiram até que fosse estabelecida uma igreja estatal rígida, foram 2 mil anos de mortes em nome de um ser imaginário.
O efeito estufa, todos dizem: “salvem o planeta, salvem o meio ambiente”. Adaptemos as palavras de George Carlin, grande crítico e comediante, “o planeta já está aqui há milhões de anos, já passou por coisas muito piores, eras do gelo, meteoros, aquecimentos e afins”. A questão é que o universo é dinâmico, somente após uma compreensão da teoria do caos, tem-se a percepção para entender os padrões que surgem no caos. Tudo no universo está sempre se modificando. Assim como o clima, este, é regido pelo caos (como tudo no universo), entretanto, dentro deste caos surgem padrões, estes padrões são o que nós interpretamos erroneamente como “estabilidade”. Os padrões caóticos do clima possuem ciclos de 10.000-20.000 anos. E esta também é a média que nossas previsões climáticas alcançam, além deste período as coisas se tornam aleatórias. Mesmo se colocássemos sensores a cada 30 cm ao longo de toda a atmosfera, ainda assim não conseguiríamos fazer previsões do tempo e climáticas perfeitas. O homem está influenciando o meio ambiente? Sim, está, mas ele pode não ser o único fator.
A corrupção, este mal que tanto abunda nas pessoas. Não é de agora que ele é se faz presente, assim como muitos outros males. É somente agora que a mídia viu que poderia vender jornais com tal assunto. Este mal já está presente entre os homens desde os primórdios da civilização. Todos sempre querem mais poder e mais dinheiro, porque todos possuem alguma forma de egoísmo em seu interior, todos possuem algum desejo instalado nas profundezas de seus pensamentos. E até o indivíduo mais justo pode se deixar levar pela corrupção quando a necessidade toma conta de algum aspecto de sua vida. Os homens são seres gananciosos, quanto mais possuem mais querem ter. É isso que mantém as rodas do capitalismo sempre girando.
Nos mais variados assuntos, cada um tem sua opinião sobre o que é certo ou errado. É por isso que o Estado cria leis, apesar de elas nem sempre serem o suficiente para manter uma sociedade adequada no que se refere a algum conceito comum de moralidade. Baseado nisso, tenta-se fazer com que a população tenha o maior número possível de opiniões de acordo com os interesses do Estado ou da Igreja. Para que assim o Estado possa realmente governar o povo. Se as pessoas perdem a sua liberdade individual, se deixam de ser desencontradas, elas acabam por perder as suas próprias personalidades. A liberdade individual não é oposta à liberdade coletiva, afinal, como já dizia Mikhail Bakunin: “a liberdade do outro estende a minha ao infinito”, ou seja, devemos manter nossa individualidade, e, respeitando a liberdade individual das outras pessoas, estaremos aumentando as nossas e criando uma liberdade coletiva que não precisa ser baseada em gostos comuns, mas sim no mútuo respeito.
“Eu não me curvo perante nenhum dos seus ídolos em obediência, e aquele que disser que você precisa se curvar a mim é o meu inimigo mortal!”
O Livro de Satan, I, da Bíblia Satânica – LaVey
“Existe uma chave para a liberdade: Pense! Se quiseres ser um cordeiro, seja feita a tua vontade. Não reclames, entretanto, quando fores servido em nosso grande Sabbath!”
Dito pagão, do século XX
segunda-feira, 7 de dezembro de 2009
Morte da Honra
Neste mundo depravado
Em que o papel
E o metal
Valem mais do que palavras
Nenhuma honra
Mantém-se através dos lábios
Foi-se o tempo
Em que a honra era válida
Hoje ninguém a mantém
A palavra foi desvalorizada
A materialidade é reinante
A traição é constante
Corrupção torturante
Mundo que se desfaz
Sociedade que não volta atrás
Que bem isso faz?
Futuro obscuro é o que traz
Para acompanhar... Amon Amarth - Death in Fire!
Em que o papel
E o metal
Valem mais do que palavras
Nenhuma honra
Mantém-se através dos lábios
Foi-se o tempo
Em que a honra era válida
Hoje ninguém a mantém
A palavra foi desvalorizada
A materialidade é reinante
A traição é constante
Corrupção torturante
Mundo que se desfaz
Sociedade que não volta atrás
Que bem isso faz?
Futuro obscuro é o que traz
Para acompanhar... Amon Amarth - Death in Fire!
Assinar:
Postagens (Atom)